Tiroteio entre Fatah e Hamas em Gaza, no Domingo
Membros da policia palestina fiel à Fatah bloqueiam uma rua durante protesto exigindo o pagamento de salários em atraso devidos pelo governo do Hamas. A maior parte dos 165 mil funcionários da autoridade palestina não recebem salários desde que o Hamas ganhou as eleições em Janeiro passado devido ao corte da ajuda que a europa e estados unidos davam à autoridade palestina
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6 Comments:
Eis um bom post para a amiga marca_amarela comentar. Vamos lá a ver se neste caso, ela vai também culpar os Israelitas.
Já vi que gostou do que eu disse.
E já agora, conte lá, não estava à espera de uma guerrazita civil assim? E no Iraque, também não?
É que a história é por vezes muito previsível. Como dizia um cartoon dedicado ao episódio do Papa, "They are so easy!"
Marca_Amarela
Amiga Marca_Amarela em guerra, seja civil ou não, o Médio Oriente sempre andou, independentemente de existir ou não Israel, independentemente de existir EUA, ou não. Sempre andaram em guerra, desde a Antiguidade até hoje. Já é endémico naquela região, portanto pergunta-me se já estava à espera de uma guerrazita civil? No Médio Oriente está-se sempre à espera de qualquer guerra em qualquer altura.
Amigo Anónimo, ora vamos lá fazer um exercício de estilo.
Em guerra, seja civil ou não, a Europa sempre andou, independentemente de existir ou não o Médio Oriente e o resto do mundo. Sempre andou em guerra, desde a Antiguidade até hoje. Já é endémico nesta região, portanto não me pergunte se pode esperar-se mais uma a qualquer momento.
Apenas nos últimos sessenta anos e devido ao abandono da arrogância belicista e à condenação firme da aberração chamada guerra preventiva, não houve uma grande guerra generalizada. É mesmo o mais longo período de 'paz' que alguma vez conheceu.
Na Europa está-se sempre à espera de qualquer guerra em qualquer altura. Ontem os Balcãs, hoje a Federação Russa, amanhã...
Por aí não vamos lá, caro Anónimo, ficaríamos a perder, até pela capacidade de devastação sem paralelo.
Já não lhe digo que recue até aos kurganes, mas vá lá, comece com os gregos.
E isto diz o quê de nós que nos diminua em relação aos demais?
Marca_Amarela
Claro que na Europa houve guerras desde a Antiguidade, afinal a civilização Ocidental já existe desde a Antiguidade e desde que haja civilização há guerras. Felizmente que há sessenta anos não há uma guerra generalizada na Europa, graças também, e verdade seja dita, aos EUA e UE.
Mas afinal está-me a dar razão, a Europa conseguiu ficar em paz há já sessenta anos (logo e pelos vistos, a guerra está a deixar de ser endémica na Europa, ao contrário do Médio Oriente).
Em relação às suas conjecturas do "amanhã...", bom, isso é muito subjectivo, não acha?
Quanto aos Gregos... o que tem a dizer contra? Graças a eles sabemos o que é democracia, república,...e graças a eles temos uma civilização da qual me orgulho e muito, caso contrário continuariamos a viver em cavernas, a comer carne crua,...enfim talvez haja gente que odeie os Gregos por estes lhes terem tirado estes prazeres.É melhor realmente não recuarmos até aos Kurganes senão também teria de recuar a outros povos Proto-Indo-Europeus que conquistarm a Península Hindustânica, ou mais recentemente aos Hunos, Tártaros, Mongóis e Turcos (povos Asiáticos altamente "civilizados") que invadiram a Europa trazendo consigo destruições, matanças e outras misérias tais.
Não se trata de lhe dar razão, isso seria irrelevante porque não se ajusta, foi uma simples constatação de que o tom com que aludiu à endemia belicista do Médio Oriente se aplica até nas zonas do planeta onde o progresso económico e social já se constrói há séculos.
E na Europa então foi elevada ao expoente máximo, com as mais mortíferas das guerras que alguma vez se travaram e os meios de destruição sem paralelo em crueldade e eficácia.
Quanto à paz permanente na Europa… Já lhe dei dois exemplos recentes, ambos de uma selvajaria absurda entre povos que se consideram civilizados, e um dos quais se mantém latente. Entretanto 10% da população chechena desapareceu, assim como dezenas de milhar de soldados russos.
E se vamos unicamente para as guerras generalizadas, então o lugar do mundo onde são endémicas é exclusivamente a Europa. É o único continente que se pôs a ferro e fogo vezes e vezes em larga escala ao longo dos séculos.
Caro anónimo, eu não depreciei os gregos, apenas estabeleci um ponto de partida cronológico para efeitos de contagem, já que afirmou que o Médio Oriente anda em guerra desde a Antiguidade. E por acaso as antiguidades dos dois lados até se chocaram e guerrearam ‘exemplarmente’, por isso achei lógico iniciar ali o paralelismo.
E já agora, olhe que não é só devido aos gregos que não vivemos em cavernas, temos um sistema racional de ideias e valores, somos civilizados e nos orgulhamos dessa herança.
As invasões bárbaras despedaçaram violentamente o estado cultural em que a Europa vivia e tudo se perdeu na fúria primária das suas práticas ‘civilizadas’. Se não tivessem sido os árabes bizantinos, que tiveram o refinamento suficiente para perceber a importância daquele legado e continuar paulatinamente a preservar e ampliar os conhecimentos da cultura grega, teríamos que esperar até aos séc. XIX e XX para, com a Arqueologia, começarmos a ter uma remota ideia de que teria sido o passado da nossa civilização. Seríamos outra gente.
O mundo dá muitas voltas.
As invasões do Hindustão, os Hunos (parte dos quais até deu origem aos turcos, que têm um pé na Europa), os Tártaros, os Mongóis, etc, etc, não entram nesta contabilidade Europa/Médio Oriente. Já os kurganes pertencem à discussão de pleno direito porque eram europeus que se deslocaram para ocidente e estão na origem da parte mais guerreira da cultura europeia. Como eram muito violentos, foram quebrando a resistência dos povos mais pacíficos que por aqui habitavam.
Mas não está a misturar factos geográfica e politicamente muito distantes, que nada têm a ver com o que discutimos?
Todos os povos que invadiram ou migraram dentro da Europa trouxeram destruição, miséria, carniça. Não é por acaso que os termos ‘vândalo’ e ‘bárbaro’ têm hoje o significado que conhecemos.
Não vale a pena irmos por aí, caro Anónimo. Se virmos bem, acho que ninguém nos leva a palma. É só fazer contas de cabeça.
Mas não é isso que nos diminui, era a história a fazer-se. E por maioria de razão não podemos atirar isso à cara dos outros, porque nos cai tudo em cima da cabeça.
Marca_Amarela
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